quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Aborto: Sim ou Não?

Com tanta polêmica em torno da legalização do aborto, surgiram inúmeras teses que defendem ou contrariam tal mudança na lei. Uns defendem o aborto como um direito inerente à mulher (pois, segundo esses, toda mulher teria direito de controlar seu próprio corpo); outros vêem a legalização como uma medida de melhoria da saúde pública; inúmeras outras teses são levantadas em defesa do aborto. Na verdade, a impressão que se tem é de que todos esses argumentos são mera fachada para a real fonte dessas propostas: a banalização da vida.
A Declaração Universal dos Direitos Humanos e o Direito Brasileiro estão fundamentados na defesa da vida, eles têm a finalidade de defender o direito à vida de todo cidadão. Para muitos, a renúncia à idéia do aborto seria fruto de preconceitos religiosos ou tradicionalismo. E não entendem que muitas pessoas talvez ainda tenham um senso de justiça e respeito à vida. Tem-se em mente que ninguém em plena saúde mental poderia matar seu filho, mas qual a diferença entre um jovem ou criança e um feto? Somente o tempo. O feto tem todas as expectativas de vida, ele é um projeto em fase inicial. Talvez se essas mães imaginassem seus filhos no futuro como crianças saudáveis, correndo no jardim elas entenderiam o valor de suas vidas.
E quanto ao direito de escolha da mulher? Parece que atualmente a idéia que se tem é de que a proibição do aborto torna a mulher prisioneira, ou a obriga a gerar filhos. Muitos se esquecem dos inúmeros métodos anticoncepcionais distribuídos gratuitamente por órgãos públicos aqui no Brasil. Certamente a mulher é detentora do direito de escolha, mas lembre-se que todo direito impõe um dever. Se ela escolheu não se precaver porque então seu filho deveria pagar com a vida pelo seu desleixo? Se a mulher tem o direito de escolha, o feto tem o direito à vida que é fundamental e inalienável.
Outra grande falácia da teoria pró-aborto é a defesa da legalização com o propósito de melhorar a saúde pública brasileira. Simplificando: para muitos os fins justificam os meios! É incoerente legalizar a morte de um bebê para defender a vida de uma criminosa. Para melhorar a saúde pública das mulheres, o correto seria fiscalizar e pôr a lei, realmente em vigor. Outro ponto importante é a possibilidade do SUS de cuidar desses abortos (que se multiplicariam sobremaneira com a legalização), com mais pacientes e cada vez mais problemas a saúde brasileira continuaria deficiente. Se o aborto legal seria a solução para o problema da saúde das brasileiras então que se criem leis de execução para todos os criminosos, assim os problemas no sistema carcerário seriam todos resolvidos. O Brasil precisa sim, de mudanças na área da saúde (e em muitas outras), mas de mudanças estruturais e não apenas superficiais que a qualquer momento podem provocar piores problemas.
É assustador o que acontece na sociedade brasileira de hoje: todos os valores morais estão sendo deixados de lado em favor de defesas egoístas. A vida tornou-se banal. Olhamos e tudo que vemos nos parece intragável: políticos corruptos que do alto de seu luxo nem se importam com a situação miserável do povo; assassinos que matam para inflar seus egos; traficantes que aliciam crianças e destroem vidas com o intuito de enriquecer; mulheres que para continuar com seus corpos bonitos ou com a sensação de liberdade são capazes de matar seu próprio filho.
Depois de tudo “dito e feito” pense em uma coisa: E se você tivesse sido abortado, se a sua vida tivesse sido impedida, se toda a tua história tivesse ruído antes do teu nascimento? Você ainda defenderia a legalização do aborto?

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