quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Brasileiros muçulmanos já chegam a um milhão


Mesquita do Brás, em São Paulo

BRASIL - Faz parte do imaginário popular a ideia de que o povo brasileiro é aberto, acolhedor, livre de preconceitos. Com uma Constituição forte e moderna, pode-se afirmar que no Brasil todos possuem os mesmos direitos e oportunidades, sem distinção de raça, credo ou sexo.

De fato, não há restrições legais para a prática das mais diversas religiões e o preconceito racial, por exemplo, há tempos é punido com rigor.

No entanto, há uma forma sutil de preconceito ou de animosidade que só é perceptível a quem faz parte de determinado grupo e que, na maioria das vezes, não chega a configurar uma violação das leis do país. Em algumas cidades, sobretudo do interior, protestantes e católicos vivem às turras; o mesmo acontece entre cristãos (católicos e protestantes) e espíritas em determinadas localidades e, nesse caso, a rixa é tão grande que não é raro que os envolvidos acabem na delegacia de polícia.

Uma prova para a paz

Pois a tradicional hospitalidade brasileira está para ser posta à prova mais uma vez. Vários veículos de comunicação vêm apontando o avanço do islamismo no Brasil. Em reportagem recente, o jornal francês Le Figaro publicou uma extensa matéria sobre o aumento do número de muçulmanos nas periferias dos grandes centros brasileiros. No ano passado, a revista Época relatou o mesmo fenômeno, mostrando como a religião muçulmana tem feito adeptos, sobretudo junto às comunidades mais pobres, que veem na mensagem islâmica de igualdade racial e justiça uma forma legítima de combater o racismo e a violência policial a que são submetidas com frequência.

Embora não seja possível precisar o número de muçulmanos no Brasil, estima-se que eles já sejam um milhão de fiéis. Conforme indicam os estudos, esse número só tende a crescer e a pergunta que fica é: como será a convivência entre os brasileiros de várias religiões e os brasileiros muçulmanos?

Terroristas de uma hora para outra?

Em países de maioria muçulmana, os adeptos de outras religiões, sobretudo os cristãos, enfrentam muitas dificuldades para professar sua fé com liberdade. No Brasil, qualquer pessoa tem o direito de optar pela religião que quiser, tem o direito de mudar de religião, tem o direito de frequentar o templo que bem entender, tem o direito até de não crer. E isso não é só no papel, já faz parte da cultura do brasileiro.

Mas, é interessante imaginar como seria a convivência entre os grupos, por exemplo, de cristãos pentecostais, tradicionais ou mesmo católicos com os convertidos ao islamismo... Quanto do preconceito enraizado no imaginário coletivo viria à tona e faria com que vizinhos ou colegas de faculdade passassem a ser vistos como terroristas, pelo fato de terem se tornado muçulmanos?

Os brasileiros em geral e os cristãos em particular devem estar preparados para essa nova realidade que se anuncia. Que aqueles que conhecem a salvação em Cristo jamais se desviem do seu chamado original de pregar o evangelho a toda criatura e que haja em cada um o desejo da paz. Afinal, os pacificadores serão chamados filhos de Deus (Mt 5.9).

Cristina Ignácio
Missão Portas Abertas

Fonte: www.portasabertas.org.br

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Primeiro amor = dor.

Meus olhos molhados de lágrimas
Percorrem essa triste cidade,
Te buscam por essas ruas más,
que trouxeram infelicidade.

Conheci o veneno dos amantes:
A velha e amarga saudade.
Tendo o doce sonho de antes
Não entendi porque tal maldade.

Meu peito dói tanto que nem sei.
Minha voz rouca, corpo cansado,
Afinal, nada como pensei.

A dor do meu coração só cresce,
Sinto tanto por ter demorado.
Dói ao pensar que amor fenesce.

By: Timaretha de Oliveira,
04 de janeiro de 2009 - Cedro, Ceará.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

"A Palavra de Deus é importante demais para ficar ao longo do caminho"


“Ali ensinávamos a Palavra e, por não tê-la na língua local, cada crente memorizava alguns versículos bíblicos para reproduzi-los para seu grupo ao voltar para casa. Uma mulher, Aadjo, vinha de Kadjokorá, uma das aldeias mais distantes que distava quatro dias de caminhada. Permaneceu conosco naquele fim de semana aprendendo a Palavra e memorizou, juntamente com os outros crentes, 13 versículos. Após o final de semana ela retornou para sua casa. Seriam quatro dias de viagem. Porém, após dois dias ela esqueceu-se de um dos versículos bíblicos. Decidiu então regressar imediatamente para nossa aldeia e tal foi nossa surpresa ao vê-la chegando. Ao narrar o motivo que a trouxe ela afirmou que ‘a Palavra de Deus é importante demais para ficar ao longo do caminho’. Rememorizou o versículo que esquecera, descansou aquela noite e se pôs a caminhar, por mais quatro dias, para chegar à sua aldeia.”
Esse trecho foi retirado de um artigo do missionário Ronaldo Lidório, onde ele conta uma de suas experiências na África (Os Konkombas e o processo de contextualização da mensagem bíblica).
Eu li e esse trecho me saltou aos olhos e queimou meu coração. Eu pensei em como somos negligentes com a Palavra e com Deus, a tantas pessoas que dariam suas vidas para ler apenas um versículo da Bíblia e nós, muitas vezes, a vemos como um livro qualquer.
Sem demagogias, e enfrentando certa resistência interior eu digo que me envergonho quando vejo e escuto testemunhos de pessoas que enfrentam filas enormes, esperando por dias para ler apenas um versículo da Bíblia; quando leio testemunhos de pessoas que andam dias porque a Palavra de Deus não pode se perder pelo caminho; quando sei que milhares de cristãos não tem sequer uma Bíblia e quando imagino quantos já não foram presos por “traficá-la” ou simplesmente possuí-la. Eu me envergonho porque tenho mais de uma Bíblia e não é todo dia que a leio; porque muitas vezes a carrego sem compreender, de fato, sua importância; porque quando a guardo em minha estante não lembro quanto sangue foi derramado para que ela chegasse até mim; porque, às vezes, quando a leio esqueço quem a escreveu e esqueço de como ela em minhas mãos é uma das maiores provas do amor e cuidado de um Deus que se importou comigo à ponto de escrever um diário para me mostrar como ao longo de toda a história Ele trabalhou por mim.
"Examinais as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna; e são elas que dão testemunho de mim." (João 5:39)

Timaretha de Oliveira
01 de Fevereiro de 2010 - Cedro, Ceará.

Meu grito.

É incrível como eu tenho necessidade de escrever, escrever sobre mim, sobre meus sentimentos, sobre você, sobre Deus, sobre o mundo, sobre sonhos, sobre desejos, sobre desilusões, simplesmente sobre tudo. É como um desejo desesperado de expressar tudo que penso, tudo que sinto, tudo que vivo. Sei lá, talvez seja pretensão minha, mas acho que esse é o meu dom, aquilo que Deus me deu e que me faz ser, de alguma forma, especial. Passei a vida inteira admirando os dons das pessoas ao meu redor, alguns são cantores, outros pintam, compõem músicas, tocam instrumentos, e eu passei a questionar a Deus sobre qual seria o meu dom, numa situação meio que comum eu entendi que era esse: sentir e escrever. Quando eu escrevo é como se um grito preso em minha garganta tomasse conta do mundo, mostrando para as pessoas que eu existo, fazendo meus pensamentos importantes.
Eu não sei cantar, sou um desastre nos desenhos, não toco nenhum instrumento, mas eu tenho minha caneta. Se um pintor expressa seus sentimentos em suas telas, um cantor em sua música, eu me expresso pelas letras.

Timaretha de Oliveira,
19 DE DEZEMBRO DE 2009 - CEDRO, CEARÁ.