sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

DIÁRIO: Suficiente!

Estou aqui e tenho passado por tanta coisa... Tenho aprendido de mim, de tentação, de lutas e provações, tenho visto em mim essa luta entre carne e espírito, tenho visto minha alma se dividir entre santidade e pecado, vida e morte, Deus e o diabo. É fácil entender quando alguém diz, mas só quando sinto em mim posso entender de verdade.
Ás vezes parece tão fácil desistir de tudo, se deixar cair e entregar os pontos, dói, tem algo em mim que não suporta mais, cansei de esperar, as lutas tiraram minha força e como Jesus na cruz eu tenho outra opção, eu posso simplesmente desistir de tentar vencer. E eu que pensava que essas coisas só aconteciam com os outros, agora estou aqui chorando de necessidade, de fraqueza. E já nem posso pôr a culpa em Adão, afinal Jesus me deu outra chance. Agora entendo a parábola dos dois caminhos, eu até posso sentir minha carne me puxar para o caminho largo, lá tem tantas coisas, tanto prazer... mas com mais um pouco de esforço, luto para erguer os olhos e contemplar um homem com as mãos furadas no fim de um caminho apertado e espinhoso, esse homem me
espera com os braços abertos e eu sinto (mesmo sem saber explicar como) que Ele tem tanta paz pra mim, tanto amor, tanta felicidade. Sabe, isso deve ser o que chamam de fé, Ele está longe, mas eu posso sentí-Lo perto, falando aos meus ouvidos, esforçando meus pés, me chamando com Sua doce voz e me prometendo uma vida diferente, algo mais, algo que nada desse mundo pode me dar, me prometendo Sua presença, seu amor...
E isso parece me encher de vida, de esperança, de forças...
Isso me é suficiente.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Quando Digo, “Sou Cristão” – por Carol Wimmer

Quando digo que sou cristão
Não estou gritando “sou salvo”
Mas sussurrando “estou perdido”
“E por isso escolhi este caminho”

Quando digo que sou cristão
Não digo isso com orgulho
Mas estou confessando que caio
E preciso de alguém como guia

Quando digo que sou cristão
Não estou tentando ser forte
Mas declarando que sou fraco
E oro por força para continuar

Quando digo que sou cristão
Não me vanglorio de sucesso
Ao contrário, admito que falhei
E nunca poderei pagar a dívida

Quando digo que sou cristão
Não afirmo ser perfeito
Minhas faltas são óbvias
Deus, porém, me considera digno

Quando digo que sou cristão
Ainda sinto a dor arder
Tenho eu mesmo minhas melancolias
E é por isso que busco Seu nome

Quando digo que sou cristão
Não desejo julgar
Não tenho tal autoridade
Sei apenas que sou amado.

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Esse poema expressa muito a bem a sensação que tenho sobre o cristianismo, ao contrário do que muitos pensam (inclusive, cristãos!) não existe super-cristão. Estamos todos no mesmo mar, somos cheios de defeitos, mas existem alguns que reconhecem suas fragilidades e entram no barco, escolhem confiar, esses são os cristãos. O mundo, hoje em dia, vive uma onda de auto-suficiência e só quem reconhece a própria insignificância consegue ser cristão de verdade. Só quem sabe que não é capaz, que não é digno consegue entregar sua vida nas mãos de Deus e reconhecer Jesus como seu Senhor.