quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Mais ou menos isso...

Eu, às vezes, tenho a sensação de estar totalmente perdida neste mundo, como se nada houvesse com o que de fato pudesse me identificar, algo que me fizesse levantar da cama pela manhã com sede de viver. Sinceramente, eu me encontro desmotivada para quase (ou sem quase) todas as coisas que eu faço. Talvez seja a tal crise dos 25, talvez seja mais do que isso, talvez eu seja vítima de conformismo, de um tentar aceitar o que eu conquistei sem querer conquistar; talvez seja vergonha de admitir para mim mesma que não era isso que eu queria; talvez eu até tenha entrado pelo portão certo, só errei ao escolher a porta errada; ou talvez eu tenha encontrado a porta certa e só me falta motivação seja lá por qual motivo for para terminar a caminhada.
Na infância tudo é tão mais fácil, não é... A gente diz "Quando crescer quero ser médico!", então, o pai compra um jaleco, a mãe um estetoscópio de brinquedo e a gente sai por ai inventando doença pras pessoas... é tão mais simples.
Quando a gente cresce, além de descobrir que provavelmente, ninguém vai dar o "estetoscópio" verdadeiro assim de mão beijada, ainda existe um grande abismo entre o "querer ser" e o "ser", e pior ainda: existe outro abismo maior entre o "ser" e o "estar feliz em ser".
O problema não é passar no vestibular, nem tampouco sobreviver à faculdade, ou passar na OAB, também não é conseguir um emprego legal, o problema é conseguir se apaixonar todo dia pela rotina, pelo emprego, até pelos problemas que sua escolha lhe traz.
Talvez seja inocência minha, mas eu não preciso de uma conta bancária recheada, de um carro importado, de um óculos Ray Ban original, ou de uma bolsa Louis Vitton comprada na Itália para ser feliz. Logicamente, eu não rejeitaria tais minos, mas o que eu mais preciso é de felicidade. Eu quero acordar pela manhã, imaginar todos os problemas que tenho no trabalho e ainda assim me sentir animada pra levantar e ir trabalhar. Eu quero ter motivação para dar tudo de mim uma vez, outra vez e quantas forem necessárias. Eu quero ter paz comigo mesma por saber que eu não estou jogando meus dias fora, vivendo uma vida que não é minha, sonhando um sonho que não me cabe e sendo covarde dia após dia!

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Ei amor...

Ei amor, pega a minha mão, segura bem forte, como para me fazer acreditar que eu posso tudo, como que me dizendo que irá comigo até o fim.
Ei amor, segura a minha mão, me olha e me faz acreditar que tudo vai passar, que nosso amor é mais forte, que a tempestade não vai conseguir me arrancar de você.
Sabe, meu bem, me contaram tantas histórias tristes, com tantas personagens grotescas, tantas esperanças que findaram em nada. Eu não quero ser uma dessas personagens de histórias de dor, eu não quero sobre mim certos carmas. Eu preciso que você me tire dessa história, eu preciso que você me faça acreditar que pode ser diferente.
Ei amor segura a minha mão, cochicha no meu ouvido dizendo que você não é eles, me olha assim sereno, e me faz crer que nada nunca será igual.
Ei amor, me diz que nossa história tem outro autor...

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Fugitiva

Ultimamente, tenho sentido uma enorme necessidade de fugir... fugir não de uma outra pessoa, de um lugar ou situação. Eu preciso urgentemente fugir de mim. Da minha cabeça cheia de neuras, das minhas inúmeras complicações e preocupações. Preciso fugir desse cansaço que aflige minha mente, das lembranças e esquecimentos que me fazem desesperada. Preciso fugir da minha falta de disposição e do peso na consciência que isso me traz.
 
Estou cansada, mas não de um cansaço normal... estou cansada de mim, das concessões que fiz e que deixei de fazer; cansada pelo peso sobre mim das coisas que vou adiando.
 
Ah quem me dera sumir da minha própria vista...