sábado, 30 de novembro de 2013

Um poema triste.

Eu sempre entendi a escrita como meu modo de extravasar o que se encontra dentro do meu coração, meus desejos, minhas ansiedades, minhas dores e meus amores... mas ultimamente percebi que as palavras já não são mais suficientes para expressar minhas angústias. As lágrimas tem se tornado meu meio de colocar para fora o que me machuca por dentro. São tantas coisas, que eu sinceramente não sei até onde conseguirei chegar, e em meio à esse turbilhão, eu só sei chorar. 
As pessoas até têm tentado, palavras belas, vindas de corações repletos de boas intenções, e mesmo admirando as boas intenções, tais palavras não conseguem aplacar essa agonia dentro do meu peito.
Já nem sei o que acontece quando choro, não sei se as lágrimas têm lavado minha alma, mas, sinceramente, eu nem sei mais como controlá-las. Seria poético dizer que meu choro tem me lavado das minhas dores, e eu queria muito ser poética nesse momento (ah, como queria!), mas parece-me impossível.
Eu serei prática, pois minha dor já é poesia demais para mim. Poesia do tipo que rasga, que machuca, que deprime, mas poesia. É tão poética que é sentimental: já não sei de onde vem, nem como se esquece, não entendo-a, nem aceito-a, mas ela insiste em tripudiar de mim. Meu único desejo é que ela desapareça, ou ao menos diminua. Já desisti de entender... e atormenta-me a ideia de me acomodar à ela.

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Inspiration

Ei você, deixei-me lhe dizer uma coisa: a tempos eu descobri na escrita o meu modo de fazer arte, o meu dom, eu que nunca soube falar muito bem, encontrei no caneta e no papel meu jeito de extravasar as coisas que trago dentro do peito; como diz Clarice Lispector (numa frase que, como a imensa maioria de seus textos, eu gostaria de ter escrito) "a palavra é meu domínio sobre o mundo". Nas folhas ou nas teclas gastas de um computador eu vou imprimindo meu mundo, despejando minha mágoas, tentando entender meus desassossegos, enfim, vou tentando me encontrar. Para simplificar, o escrever talvez seja meu maior prazer.
Mas depois que te encontrei, por ai, meio sem querer, confesso que muita coisa mudou. Uma vez ouvi (ou li) em algum lugar que amar é sonhar junto. E esse era uma grande medo: não encontrar alguém que pudesse sonhar junto comigo. Então eu te encontrei, e você não apenas sonhou junto comigo, você me fez sonhar mais e melhor.
Tem mais uma coisa rapaz: você me deu algo real sobre o que escrever. Tudo que temos vivido se tornou inspiração para mim, não uma inspiração platônica e totalmente irreal, você me ensinou coisas simples, práticas mas totalmente extasiantes. Até meus textos se tornaram mais cheios de verdade, repletos de significado.
Meu amor pela escrita parece aumentar quando eu penso em você lendo meus textos, quando lembro de você dizendo que eu tenho que escrever um livro... sinceramente, talvez eu nunca seja uma grande escritora, mas fico imensamente feliz em pensar em ser a sua escritora.