quinta-feira, 18 de abril de 2013


Ela acreditava em contos de fadas, e por acreditar eles se tornavam realidade. Vivia rodeada de fadas, príncipes encantados, bruxas más, cinderelas, lobos-maus e ogros. Com o tempo ela foi se desencantando dos príncipes encantados, se decepcionou com as cinderelas e fadas, rompeu com os súditos e com a realeza e fez-se não mais princesa. Saiu do castelo, atolou os sapatinhos na lama, molhou os cabelos na chuva, dormiu sozinha na floresta, conheceu pessoas além daquele mundinho, decepcionou todo aquele mundo, mas continuou sujando os pés na lama, molhando os cabelos na chuva, dormindo sozinha na floresta, pois isso a fazia sentir liberta, livre dos estereótipos, dos quadros em que a haviam posto, tudo isso lhe dizia aos ouvidos: você pode ser quem quiser, inclusive você mesma!
Então ela não precisou ser a princesa salva da morte pelo príncipe encantado; nem tampouco a plebeia que conquistou o príncipe; ou a princesa que achou graça ao lado do ogro; ou ainda a que se apaixonou pelo lobo-mau.
Ela dizia que muitas histórias já haviam sido escritas e que não precisava se enquadrar em nenhuma delas; ela queria uma nova história, ainda que com príncipes, ogros ou lobos...

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Independência ou morte!


Então a gente fica assim: eu vou seguindo meu caminho, vou fazendo minha história, longe de imaginar que eu preciso realmente de você, distante da ideia de ser incompleta, de ser só metade.
Vou seguindo com o coração em paz, na paz de alguém a quem a vida soube ensinar a duras penas, mas finalmente ensinou! Ensinou que sentimento bom é sentimento dado, que minha felicidade não depende de você e de ninguém mais.
A vida me ensinou que eu tenho que escolher meus caminhos, e a responsabilidade sobre a minha vida é somente minha, afinal, na velhice será do meu riso ou da falta dele que sobrevirá a falta ou a presença de arrependimentos.
Eu vivi aflita com esse medo de me arrepender, mas hoje eu tenho uma certeza: eu fiz de tudo que podia, eu fui honesta comigo mesma em todo o tempo, eu não neguei meus sentimentos a mim mesma, eu me permiti sentir o quanto pude e até um pouco mais... mas hoje cheguei à conclusão que certas coisas, simplesmente não são para ser.
Isso não é uma declaração de desistência, e sim um atrevido voto de insistência. Insistência em viver, em ser livre, em ser feliz... Essa sou eu insistindo em não me tornar dependente do que não sabe me ter em dependência.