segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Apesar de você...

Às vezes me pego perguntando a mim mesma, o que há de verdade ao meu redor.
Na verdade tenho o temor de acreditar demais nas pessoas, e se elas me ferirem, me traírem?
Tenho a estúpida mania de confiar demais, de idealizar. E onde ficam minhas descrições perfeitas quando a verdade me agride a face.
Porque tinha que ser assim?
Porque tudo tinha que mudar?
Ou sei lá se mudou, talvez tenha sido sempre assim e eu não vi.
Agora, mais experimentada, tento olhar bem fundo em cada olhar, analiso cada gesto pra tentar não cair de novo de tamanha altura.
A queda é brusca, a dor inevitável, dói descobrir que se viveu uma farsa, que todas as descrições eram falsas, as conversas balelas, tudo então virou pó.
Mas não tem nada não... afinal meus olhos estão além do céu azul. Lá sim, há algo verdadeiro.

"Apesar de você, amanhã há de ser um novo dia"

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Passou...

Você já foi aquela deliciosa brisa marítima que me envolvia e alegrava, agora está mais para aquele ventinho quente que circula inconstante e desagradavelmente no sertão.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Quando digo: "Sou cristão".

Quando digo... "Sou cristão".
Não estou gritando "que sou salvo"
Mas sussurrando que "era um perdido"
Que escolheu o Caminho.
Quando digo... " Sou cristão".
Não falo isso por orgulho
Estou confessando que tropeço
E preciso de meu Guia.
Quando digo... " Sou cristão".
Não estou querendo ser forte
Mas professando que sou fraco
Pedindo forças para prosseguir.
Quando digo... "Sou cristão".
Não estou jactando-me do êxito
Estou admitindo que sou falho
E não posso pagar minha dívida.
Quando digo... "Sou cristão".
Eu sei que não sou perfeito
Minhas falhas são visíveis.
Mas Deus confia que mereço.

De Carol Wimmer

Mistério da cruz

Que grande mistério há em torno daquela cruz.
A morte de um rei em favor de seu povo traidor,
Um rei que morreu perdoando seus ofensores,
Um Deus que morreu como servo pelos seus servos,
Um homem tão simples morre e até o sol faz enlutar.
A natureza reclama contra a humanidade: acaso não vês que esse é o Filho de Deus, o próprio Deus encarnado?
Realmente Ele era simples, simples nas vestes, no andar, no falar, mas grandioso nos atos e ensinamentos.
Quem ousaria subverter a ordem dominante com o revolucionário: “Dê a outra face”?
Quem devolveria a orelha à Malco?
Quem tocaria tantos impuros, rompendo a barreira de preconceito e se tornando impuro também?
Quem pediria ao Pai perdão para seus algozes?
Quem? Quem?
Pareço contemplar aquele rosto angustiado no Getsêmani dizer: “Faça-se a Tua vontade”.
Ele aprendeu de forma dolorosa o quanto seria difícil redimir a humanidade.
Ele teve que beber o cálice.
E ainda bem que Ele bebeu.
Se não o que seria de mim?
Quantos dias ainda esperaria pelo Redentor?
Talvez nunca o contemplasse.
Talvez morresse sem encontrá-lo.
Mas aqueles “está consumado” foi a mudança da minha sorte.
Foi o limite entre as trevas e primeiro raio de Sol.
Aquele brado foi a derrota do inferno e a minha vitória.
Ali eu fui sarada, fui livre, ali eu venci.
Quando o véu rasgou, eu pude entrar e contemplar a formosura do meu Mestre.
Aquele véu que tantas vezes se pusera a me separar dele, gora já não existia.
Eu podia adentrar na Sua presença.
Quando me imagino desde o Éden derrotado e humilhado pelo pecado,
Aprisionado em suas grades,
Eu fora criada para a glória do Seu nome,
Mas agora eu, envergonhada, fugia da Sua presença.
A dor do meu pecado me separava.
Chagas nasceram em meu corpo.
Sentia que nem toda a riqueza do mundo poderia me fazer feliz.
A distância dele me imprimia no peito um vazio,
Mas quando ouvi aquele brado de vitória eu soube que algo em mim mudaria.
E não foi só em mim.
Ele mudou a história, o mundo, a humanidade.
Aqueles três dias silenciosos tentaram contra a minha fé.
E agora, o que aconteceria?
Quem pensava tê-lo matado se surpreendeu quando alguém buscava seu corpo desaparecido.
Quem se entristeceu com o desaparecimento não entendera suas promessas.
Afinal, vencidos os três dias Ele declarava-se ao mundo, seu Senhor e Salvador.
O mistério daquela cruz é este:
“Se uma semente caindo na terra, não morrer, fica só, mas se morrer, dá muito fruto.”
Através da sua morte eu recebi a vida.
Ele é a minha vida.
Nada mais teria sentido sem Ele.
Depois daqueles dias, Ele foi ao Pai, mas me deixou bem guardada.
Ele foi me preparar lugar.
Temos uma aliança:
Eu o esperarei e Ele virá me buscar para a eternidade.


“Espero em Ti para voar pra eternidade e Te encontrar face a face”

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Olhar verdadeiro.

"Terrível, implacável. Assim eu via o Senhor. Ele nos punia em vida e nos enviava ao purgatório após a morte ou nos enviava para as chamas do inferno ante do descanço eterno, mas estava errado. Quem vê um Deus enfurecido não O vê com clareza, mas o vê através de um véu como se uma tempestade escura escondesse a sua face. Se realmente acreditarmos que Cristo é o nosso Salvador então temos um Deus de amor e se tivermos fé em Deus significa olhar para o seu coração generoso, então se o demônio jogar seus pecados em seu rosto e disser que merecem a morte e o inferno, responda-lhe: 'Eu admito que mereço a morte e o inferno, mas sei de alguém que sofreu e morreu na cruz para me redimir. Seu nome é Jesus Cristo, o Filho de Deus e onde Ele estiver também estarei.'"

Fala do filme Lutero

Poema roubado...

Eu tentei falar
mas não consegui expressar
quando me embargou a voz
ao dizer o que sinto por você.

Naquele instante olhei
em teu rosto me fixei.
O meu olhar te buscou
quando minha mão te segurou.

Versos sem rima te escrevi.
No longo período que vivi
ao buscar motivos pra sonhar
quem sae, talvez te amar.

Da forma que pude,
nas simples palavras
encontrei e pude
declarar nas simples palavras:
Eu te amo!