sábado, 30 de novembro de 2013

Um poema triste.

Eu sempre entendi a escrita como meu modo de extravasar o que se encontra dentro do meu coração, meus desejos, minhas ansiedades, minhas dores e meus amores... mas ultimamente percebi que as palavras já não são mais suficientes para expressar minhas angústias. As lágrimas tem se tornado meu meio de colocar para fora o que me machuca por dentro. São tantas coisas, que eu sinceramente não sei até onde conseguirei chegar, e em meio à esse turbilhão, eu só sei chorar. 
As pessoas até têm tentado, palavras belas, vindas de corações repletos de boas intenções, e mesmo admirando as boas intenções, tais palavras não conseguem aplacar essa agonia dentro do meu peito.
Já nem sei o que acontece quando choro, não sei se as lágrimas têm lavado minha alma, mas, sinceramente, eu nem sei mais como controlá-las. Seria poético dizer que meu choro tem me lavado das minhas dores, e eu queria muito ser poética nesse momento (ah, como queria!), mas parece-me impossível.
Eu serei prática, pois minha dor já é poesia demais para mim. Poesia do tipo que rasga, que machuca, que deprime, mas poesia. É tão poética que é sentimental: já não sei de onde vem, nem como se esquece, não entendo-a, nem aceito-a, mas ela insiste em tripudiar de mim. Meu único desejo é que ela desapareça, ou ao menos diminua. Já desisti de entender... e atormenta-me a ideia de me acomodar à ela.

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