quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

A Globo e os evangélicos

Nos últimos tempos com um olhar um pouco mais atento pode-se notar a avalanche de programas e, especialmente, novelas que trazem certa influência cultural estrangeira. Em "Negócio da China" muito se fala do Kung Fu e dos benefícios da meditação, além de afirmar a possibilidade da projeção (a técnica que faz uma pessoa se projetar à outro lugar mentalmente); a nova "Caminho das Índias" enfoca muito a religião indiana, com seu panteão de deuses, seu horóscopo e suas crenças. O mais interessante é que tudo parece tão lindo e perfeito que parece fugir à realidade. O rio Ganges mostrado na novela nem parece que têm sido despejo de esgotos, pesticidas e cadáveres. A pobreza tão acentuada na Índia nem é lembrada. É incrível a capacidade da mídia de exaltar qualidades e mascarar problemas. Não me entendam mal, não desprezo a cultura e muito menos o povo chinês ou indiano. Mas o que me traz problemas é como a mídia brasileira usa esses povos e suas culturas como meio de propaganda enganosa de rituais religiosos e, por que não dizer, de perseguição religiosa. Essas programações são, sem nenhuma sombra de dúvidas, uma maneira de disseminar a cultura oriental, suas religiões e preceitos. Mas lembro-me muito bem de uma polêmica que aconteceu ano passado em torno de cenas da novela "Duas Caras", nas quais cristãos evangélicos foram mostrados como perseguidores violentos e enlouquecidos que ameaçam linchar uma mulher grávida e dois homens que viviam em um triângulo amoroso. Evangélicos são assim: sempre chatos, perseguidores, muitas vezes hipócritas e mentirosos. Esse é o retrato que a Globo faz de nós. Eles realmente gostam muito de enaltecer as seitas orientais, o Espiritismo (que o digam as novelas "Alma Gêmea" e "O Profeta") e a idolatria católica ("A Padroeira"), mas quando se fala de evangélicos a Globo rapidamente trata de criar estereótipos, tratando-nos como ultrapassados, bitolados e levando ao povo a idéia de que cristão não tem cultura, não pensa e é fanático religioso. Minha resposta para a Globo e para todos aqueles que se perguntam por que ser cristão é a seguinte: ninguém nunca me obrigou a ser cristão, não confesso Deus por medo do inferno, creio nEle porque tenho olhos: vejo a grandiosidade de sua criação (afinal, é bem mais fácil crer que tudo isso foi criado do que crer que é fruto de uma explosão); creio nEle porque sei das outras opções e nenhuma delas me impressionou tanto quanto Ele; creio nEle, justamente porque penso, não me obrigo a declarações e descobertas alheias, eu tenho as minhas próprias experiências, eu conheço meu Deus. Um Deus que não precisa ser moldado por mãos de homem, um Deus que não me obriga à cenas vexatórias em troca de seu favor, um Deus que não precisa de outros para lhe somar forças, um Deus que mesmo muitos tendo tentado matá-Lo e até decretado Sua morte Ele vive eternamente aqui no meu coração, na vida que Ele deu ao mundo e em Sua própria natureza.

Timaretha Alves de Oliveira

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