quinta-feira, 20 de novembro de 2008

INCERTEZAS

E daí se me enganei com você? Com tudo isso?
Como pude olhar e te ver como por miragem?
Eu estava no deserto, você foi meu oásis.
E agora que a ilusão passou,
como prosseguir, se em você eu apostei minhas cartas?
Você me ensinou muito do que eu precisava saber.
Agora, só preciso aprender a entender.
Eu fui sincera, errei, mas quem não erra?
Se a minha infantilidade te decepcionou, desculpa.
Essa sou eu.
Sei falar de coisa séria, mas não resisto a idéia da inocência de uma criança.
Queria acreditar que tudo poderia ser perfeito.
Que apesar de tudo, não houvessem mágoas.
Mas, talvez você não me entendeu.
Ou não me conheceu o suficiente.
Talvez o tudo que eu vi, foi muito pouco pra você.
Mas o que importa tudo que passou?
O passado eu tiro de letra.
O que dói é ver o que restou para o presente.
Se você foi mais do que imaginei.
A decepção foi bem mais surpreendente.
Procuro em teus olhos aquele olhar,
às vezes tento encontrar resquícios.
Mas nada, minha busca é ineficaz.
Você se tornou um estranho.
E eu odeio lidar com isso.
Não é a idéia da mudança que me entristece.
O que me apavora é pensar que eu caí naquela história.

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